domingo, 13 de dezembro de 2009

A morena Encantadora



Álvaro Neto alcança o corredor principal daquele monstro. Com Nove andares, porém com uma estrutura de gigante, aquele hospital de Niterói abrigaria uma maravilhosa sensação para Álvaro Neto.
O hospital vazio, por ser feriado, trazia setores sem ninguém. As copeiras com os carrinhos pelos corredores, O sol que espiava pela janela e começava a entrar pelo lado esquerdo do prédio, que dava com a concessionária.
Álvaro Neto começava o plantão já cansado. A vida de plantonista de ser ping e pong cansa por demais. Preferia a vida de um único emprego com certas limitações financeiras a essa correria e o gasto impensado do dinheiro que entrava. Porém estava no ciclo vicioso.
Quinze minutos de atraso vem pelo corredor a morena jambo de cabelos escuros longos, olhar penetrante, lábios carnudos. Uma roupa branca dignamente branca, colada, mostrando a todos as valorosas curvas daquele ser chamado Paola. A técnica de Enfermagem Paola.
__ Bom dia__ dizia a morena deixando perceber sua língua com um mili segundos em que Álvaro Neto parou no tempo. Já tinha visto aquele ser antes.
Álvaro Neto tinha que depositar até o meio-dia o valor para participar da avaliação que teria. Um trabalho fantástico a bordo de um navio que sairia do Rio e passaria por ilha grande, ilha bella e voltaria ao Rio.
Aquela morena estava no banco. Todos do banco não conseguiam parar de olhar para ela. Naquele dia sim com mais tonalidade na roupa, deixando ver seus ombro com uma blusa que todos tentavam tirá-la com o olhar. A tiracolo, um rapaz branco de aproximadamente um metro e sessenta e alguma coisa.
Os dois abraçados na fila do banco. Ele com um ar despreocupado, lançando aos demais presentes a certeza que aquela linda morena era fiel. Faltando apenas a plaquinha” pertence a..”
Hoje sim ela estava lá, livre. Exuberante para a gama de fãs que estaria em contato hoje. Seu setor era a pediatria, estava ali por força do destino. Uma ligação no meio da noite a intimou.
__ Paola..você me deve um favor. Faça para mim.
__ Faço.Nossa como você é, hein!
O destino uniu Álvaro e Paola ali naquele dia, nem que fosse apenas por um plantão.
Este sim decorreu em uma tranqulidade absurda. Marasmo total, sem nenhuma intercorrência. As duas outras técnicas do plantão e mais antigas. Estavam descansando em um outro setor. Um acordo entre equipe proporciona esses tipos de benefícios. Muitas vezes exagerados e outras absurdamente exagerados. Enfim, estavam lá os dois a sós.
__ Você mora onde?
__ Barreto e você?__ Disse Paola
__ Fonseca!
OS dois já estavam perto demais. Conversavam bem baixo para não incomodar ninguém. Vendo de longe, parecia até que os dois já estavam mal intencionados. A conversa evoluía de uma maneira assustadora, até chegar no assunto ideal.
__ Meu noivo esta deixando muito a desejar.
__ Como assim?__ disse Álvaro Neto, sabendo que quando alguém fala desse jeito do companheiro para outra pessoa, algo já esta mal encaminhado.
__ Ele me deixa em casa para ver futebol.
__ Chii
__ Me deixou esperando mais de duas horas esses dias ai, porque estava esperando um amigo chegar para marcar algo que nem me lembro mais de tão importante que era.
Álvaro Neto lançava um veneno após o outro. Ora uma mão no rosto, ora uma mão no cabelo que esticava até o pescoço. De tão perto que já estavam, Álvaro Neto esticou um pouco o pescoço e deu um beijo em Paola.
__ Vem aqui__chamou- a!
Levou para o quarto de descanso da equipe. Lembrou que as duas outras pessoas estavam longe dali. A maioria dos pacientes estavam vendo um jogo pela televisão e poucos incomodariam qualquer ação dos dois.
__ Loucura isso!!__ disse Paola com um sorriso doce.
Álvaro possui aquele corpo antes de outro ali em seu ambiente de trabalho. O cansaço deu lugar ao ânimo. A medida que uma peça de roupa saia, seu coração mais sangue injetava.
Não pensou em supervisão ou em um paciente chegar. O impulso dominava aqueles corpos. Ela também esqueceu de tudo. Baixou o sutiã e deu de presente seus seios ao deleite dos lábios de Álvaro Neto.
__ Perfeitos__ pensa em todo o momento __ ela é toda perfeita.
Com certeza Álvaro Neto estava certo.Ela era perfeita. Um jogo de perna incrível, um rosto delicado e ao mesmo tempo provocante. Não tinha como negar. Entregues ali ao prazer atingiram ao clímax, entre sussurros naquele gigante.
Tempos depois, rolava uma nota pelos corredores de tudo que tinha acontecido. Ninguém prova e ninguém desaprova. Na verdade, todos queriam estar ali, sentindo a adrenalina correr pelo corpo e dando lugar ao prazer monstruoso..
Nunca mais se viram. Dizem até hoje que Paola ainda está com seu noivo. Dizem até hoje que ela lembra-se daquele quarto de descanso.
Ainda hoje aquele quarto deve dar arrepios.

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